Você acredita na rivalidade feminina dentro do mercado de trabalho? O conflito entre profissionais é algo presente no dia a dia de uma empresa. Mas apesar de ser comum entre todos os tipos de profissionais, não é raro que a questão da rivalidade seja acentuada e apontada principalmente nas mulheres.
Quer saber mais sobre o assunto? Role para baixo e conheça mais sobre o assunto e como esses conflitos atrapalham na evolução da diversidade dentro das empresas.
Mas o que é a rivalidade feminina?
Faz parte da natureza humana se comparar ao outro, mesmo que cada um tenha suas próprias características.
A ideia de rivalidade entre mulheres está ligada à cultura, afinal, das mulheres sempre é exigido o máximo: tendo que ser sempre uma boa dona de casa, mãe, esposa e profissional.
Há, então, um cenário de imposições sobre como a mulher deve ser, como deve agir, o que ela pode ou não pode fazer e tantas outras normas.
No entanto, o melhor dos caminhos para combater essa estrutura de opressão é, justamente, um movimento coletivo, capaz de unir as mulheres em suas similaridades e diferenças, para que, juntas, possam se organizar e cobrar por mudanças. A ideia disseminada em torno da rivalidade feminina tem o papel de minar essas possibilidades.
Ao longo da história, características como ser competitivo, fofoqueiro, antagônico e não confiável, que são cabíveis a qualquer ser humano, foram atribuídas às mulheres.
Geração após geração, o discurso que fortalece essa ideia ganhou novas formas, estando presente nas produções audiovisuais, na imprensa, nas páginas de fofoca sobre celebridades, nos romances e até nas empresas.
E o pior disso tudo: até mesmo as mulheres compraram esse discurso que, por origem, está à serviço do patriarcado e que tem a função de manter as mulheres como o patriarcado deseja que se mantenham: desunidas.
No lugar que deveria haver uma certa cumplicidade entre as mulheres, (até porque, estão no mesmo time e lutando pelos mesmos direitos dentro do mercado), é muito comum que elas reproduzam essas falas e crenças.
E até que ponto isso pode ser prejudicial?
Por que a ideia de rivalidade entre mulheres atrapalha a carreira?
A verdade é que a ideia de rivalidade é uma das grandes responsáveis por impedir que as mulheres cresçam dentro das organizações.
Hoje as mulheres ganham menos, mesmo quando realizam a mesma tarefa que um homem, são minoria em cargos de liderança e são pouco representativas em cargos no poder público.
E, tudo isso, considerando que elas são maioria na população e entre as pessoas graduadas e pós-graduadas no Brasil.
Os dados são notórios, mas a justificativa pode estar em questões como essa, que são pouco percebidas e muito difíceis de mensurar.
O quanto esse imaginário na cabeça das pessoas, sobre as mulheres serem complexas, rivais, competitivas, isso ou aquilo contribui para que elas não cheguem em determinadas posições?
Quantos empregadores já se deixaram acreditar nesses estereótipos na hora de negar uma oportunidade para uma mulher?
Esse é o risco que ideias como a tal rivalidade impõem.
Além disso, com essa ideia, é possível que as mulheres venham a desenvolver atitudes não tão saudáveis e até mesmo antiéticas, causando depressão e interferindo em sua saúde mental no trabalho, e até mesmo a desistência de um emprego por conta da pressão.
Atitudes para acabar com comentários sexistas em organizações
Para reverter essa situação, há algumas atitudes que você pode começar a tomar hoje mesmo.
O caminho para ajudar a combater o sexismo dentro da sua empresa pode ser:
- Buscar políticas salariais justas e igualitárias que respeitem a formação acadêmica e experiência profissional de cada colaborador;
- Oferecer oportunidades iguais para todos os gêneros;
- Prezar sempre pelo respeito entre colegas de trabalho;
- Trazer mais temas sobre diversidade para dentro da companhia;
- Compreender a importância de cada um dentro da organização.
Frases mais comuns no mercado de trabalho
É comum falas com cunho depreciativo para mulheres e que exaltam a masculinidade, e aumentam a rivalidade entre o sexo feminino.
Algumas delas provavelmente você já ouviu, ou até mesmo falou. Afinal já estão bem famosas na boca de quem adora propagar esse desentendimento no meio corporativo.
São frases como:
“mulher não é amiga de mulher”,
“amizade entre e com homens é mais sincera”,
“as mulheres são invejosas”
Essa roda de conversa, mesmo que particular, não é assertiva para o desenvolvimento da porcentagem da participação feminina no mercado. Atente-se para não contribuir com essa discriminação.
Com a pressão estética, incentivo à rivalidade e tudo de prejudicial que pode atingir a diversidade e igualdade de gênero nas empresas, podemos concluir que a união de todos é o caminho mais fácil para ter um mercado mais inclusivo.
E aí, gostou de saber mais sobre a rivalidade feminina? Você também acredita que essa relação pode prejudicar o desenvolvimento da participação das mulheres no mercado?
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