Infelizmente, é comum no mercado de trabalho mulheres sofrerem desligamento nas empresas quando se tornam mães por motivos relacionados à conciliação da maternidade com o trabalho.
No entanto, a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho tem início nos processos seletivos, quando muitas vezes os recrutadores perguntam às candidatas se pretendem ter filhos.
Conforme estudo da FGV, as profissionais que são mães começam a perder empregos com carteira assinada logo após o período mínimo de liberação pelo benefício (quatro meses).
No ano seguinte à maternidade, estima-se que quase metade das mulheres que tiveram direito à licença estará fora do mercado de trabalho, número que só aumenta até os 47 meses após o afastamento.
Além disso, essa parcela de mulheres lida com dupla jornada de trabalho, que se potencializa pela pressão social de dar conta de tudo sozinhas. Por isso, a realidade de quem vivencia a maternidade precisa ser analisada como um caso que merece atenção, flexibilidade e planejamento.
Entenda a seguir quais são os direitos trabalhistas para as profissionais mães e confira 6 dias de como conciliar a maternidade com a carreira profissional. Vamos conferir?
Entenda os respaldos da CLT para profissionais mães e gestantes
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) assegura a concessão da licença-maternidade e salário-maternidade para mulheres grávidas contribuintes do INSS.
O afastamento pode ter duração média de 120 a 180 dias, sem prejuízo no contrato de trabalho e remuneração. A profissional mulher tem o direito, inclusive, de decidir por licenciar 28 dias antes do parto ou a partir do nascimento do bebê.
O benefício contempla toda mãe que possui carteira de trabalho registrada, em modelo fixo, temporário, terceirizado, autônomo ou doméstico. Além disso, poderá receber o direito quantas vezes for preciso, sem restrição.
A licença é uma segurança extra às mulheres e garantia de que elas possam se recuperar adequadamente do pós-parto, criar vínculos com o recém-nascido e se organizar para ter uma rede de apoio à maternidade antes de voltar para o emprego.
Confira 6 dicas para conciliar maternidade e carreira
Quando a maternidade chega, é o momento de avaliar os cenários e compreender qual é a melhor maneira de se organizar para conciliar os cuidados com os filhos e com a carreira.
Para isso, as profissionais mulheres podem contar com algumas estratégias para encontrar um equilíbrio nessa fase que pode parecer desafiadora.
Confira a seguir seis dicas para conciliar maternidade com a carreira profissional de maneira mais estável e confortável possível:
1. Construa uma rede de apoio
Rede de apoio é todo grupo que atua como um suporte aos pais da criança. Por exemplo, tios, avós, primos, creche e, até mesmo, colegas de trabalho.
Sem dúvidas, esse círculo de confiança pode auxiliar no cuidado com a criança em momentos nos quais os pais não estarão disponíveis. Além disso, a rede de apoio poderá ajudar a reduzir a sobrecarga diária das mães com apoio emocional, psicológico, material ou de serviços.
2. Entenda o momento adequado para voltar ao trabalho
Para as mães que atuam com contrato CLT, o período da licença-maternidade pode ser de quatro a seis meses, sendo um direito que deve ser respeitado. Mas, como cada caso é particular, é preciso avaliar e planejar o retorno ao trabalho quando estiver preparada para isso.
Veja se é possível adiantar as suas férias para estender o período de licença ou se existe a chance de retorno gradual, com jornada parcial. Faça o seu planejamento pessoal e negocie com a sua empresa.
3. Evite se culpar por imprevistos
Com a maternidade, muitas situações novas e imprevistos aparecerão na sua rotina e a sobrecarga aumenta. Não cobre e muito menos se culpe para atender à pressão social de dar conta de tudo.
Por isso, a primeira dica é criar uma rede de apoio: ela te ajuda a aliviar o peso de criar uma criança sozinha, além de te oferecer o suporte necessário para o retorno ao trabalho.
4. Mantenha uma rotina planejada
Se for possível, faça o planejamento do seu dia, semana e mês para criar uma rotina da vida pessoal e profissional. Procure seguir cronogramas, com horários para o cuidado com a criança, trabalho e momentos de descanso.
Organize cada tarefa do seu dia em compartimentos e dedique-se a eles quando chegar o seu momento no seu plano. Claro, esteja sempre flexível a imprevistos, mas tente adotar hábitos e atividades rotineiras ao longo do seu dia.
5. Busque empresas preocupadas com bem-estar, diversidade e inclusão
Algumas empresas se mostram mais preocupadas e flexíveis com o bem-estar dos funcionários que outras. Nesses casos, pode haver programas de Diversidade & Inclusão, extensão de licenças maternidade e paternidade, planos de saúde, entre muitos outros recursos.
Esse tipo de organização compreende como garantir uma boa qualidade de vida, cuidado com a saúde e hábitos fora do trabalho são fundamentais para todos os colaboradores. Então, empresas com esse perfil podem ser mais empáticas e receptivas em negociações referentes à maternidade.
6. Procure por oportunidades de emprego mais flexíveis
Nos últimos anos, houve um aumento na adesão do trabalho home office e jornadas flexíveis. Essas são ótimas alternativas para mães que decidem organizar a sua rotina de maneira a se dedicar mais aos filhos.
Dessa forma, o contato com a criação é mais próximo e a possibilidade de fazer reajustes no horário mais propício de trabalho é facilitada. Assim, você aumenta as suas chances de conciliar filhos e carreira com menos sobrecarga.
Considerando as dicas apresentadas, você constrói uma base mais segura, rica em suporte e com chances de praticar uma maternidade mais humana, sem deixar os seus sonhos profissionais de lado.
Continue explorando o nosso blog e encontre outras práticas que vão ajudar você a conciliar a maternidade e trabalho, além de oferecer os recursos necessários para você se desenvolver ainda mais, dentro da sua realidade.
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