Desigualdade de gênero: mulheres ganham menos que os homens

Uma pesquisa realizada pela Catho em 2021 mostra que as mulheres ganham menos que homens em todos os cargos de liderança, cuja diferença média é 34%.

Além de salários inferiores, elas ainda se deparam com obstáculos em algumas áreas. Em tecnologia, por exemplo, ocupam apenas 19% dos cargos.

Acompanhe este release do mercado de trabalho separado por gêneros e descubra os principais motivos e veja como até hoje as mulheres não acompanham o piso salarial.

Os dados revelam que mulheres ganham menos

Em 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Nesta data, inúmeras discussões e reflexões são trazidas à tona e em maioria ações que levam a inúmeras desvantagens para a mulher em relação ao homem.

Sem dúvida, uma dessas consequências, é a falta de equidade quando o assunto é profissão e remuneração.

Segundo pesquisa salarial realizada pela Catho, em fevereiro de 2021, mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles.

Já em funções como gerente e diretor, elas chegam a ganhar 24% menos que os homens, por exemplo.

Porém, o gênero feminino enfrenta outros obstáculos no mercado de trabalho, além da diferença salarial. A relação entre maternidade e carreira implica normalmente em ter que lidar com desafios após a licença-maternidade e, às vezes, até antes do nascimento.

Atualmente, com boa parte das empresas aderindo ao regime de trabalho home office, a junção de cuidados com o lar/filhos e atividades se tornou problemático.

Segundo a Pnad Contínua, do IBGE, 8,5 milhões de mulheres tinham deixado a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020 (último dado disponível), na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Mas se qualificação é hoje algo que torna um candidato em destaque, por que as mulheres, mesmo com o maior nível de escolaridade, continuam ganhando menos?

É esse um dos motivos que transparece um descompasso significativo, pois os dados do levantamento indicam que, apesar da acirrada disputa, as mulheres saem na frente no recorte de nível superior e pós-graduação completo.

30% das mulheres possuem nível superior e pós-graduação, enquanto os homens, apenas  são 24%. Mesmo assim, com uma qualificação um pouco menor, eles podem ganhar até 52% a mais que elas exercendo uma mesma função.

A pesquisa elucida o distanciamento do profissional homem e mulher no cenário profissional. Fatores super relevantes como formação, qualificação e experiência profissional não bastam para igualar a balança. Apesar dos perceptíveis avanços, ainda há obstáculos a serem superados.

52% é a maior disparidade nas médias salariais entre homens e mulheres identificada por nível de cargo. São nas ocupações de  profissional especialista e graduado que as remunerações por gênero mais se distanciam, seguidos de profissional especialista técnico com 47% de diferença.

Por dentro da área da Tecnologia

Algumas áreas ainda são hostis à presença de mulheres. É o caso do segmento de tecnologia que, embora mesmo durante a pandemia manteve as contratações em ritmo acelerado, tem dificuldade em inserir as mulheres no setor, principalmente em cargos de liderança.

Segundo a pesquisa, somente 19% da área de tecnologia é composta por mulheres e, em média, elas ganham 11% menos que os homens da área.

Em alguns cargos como engenheiros de sistemas operacionais em computação e gerente de desenvolvimento de sistemas, as mulheres chegam a ganhar, respectivamente, 33% e 18% menos que os homens. As mesmas funções são ocupadas por 15% e 19% de mulheres, apenas.

Cargos que as mulheres têm menos representatividade

Para ilustrar a desigualdade de gênero dentro da área, separamos os 10 cargos com a maior discrepância de valores de salários, onde os trabalhadores, por algum motivo, recebem mais. Acompanhe:

Tabela de cargos com salários mais desiguias para as mulheres

Campanha Essa Cadeira é Minha

Frente a este cenário, o movimento idealizado pela Catho, Essa Cadeira é Minha, que completa o primeiro aniversário e tem o objetivo de estimular mulheres em cargos de liderança, e promover o diálogo com toda a sociedade, tem um novo momento o Essa Cadeira é Minha Tech.

E em comemoração a esse primeiro aniversário, neste ano, o movimento Essa Cadeira é Minha tem como foco a inserção de mulheres em tecnologia.

Como uma das atividades propostas pelo movimento, em uma ação conjunta com o coletivo WoMakersCode, comunidade global, criada no Brasil, com a missão de impulsionar o protagonismo feminino na TI, através de capacitação, mentoria e empregabilidade.

A Catho realizou o evento 100% online e  fez uma ação que distribuiu 1,5 mil vouchers de gratuidade na plataforma da empresa para busca de vagas e envio ilimitado de currículos para mulheres que se interessam pela área de Tecnologia. Confira como foi a live:

Saiba mais: Diversidade: entenda o conceito e seu espaço no mercado

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Autor

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  1. 80% dos formados em engenharia são homens, mas quer igualdade no número de pessoas em cagos de engenharia? Bora formar mais engenheiras povo… Chorar menos e ir atrás do que paga melhor. Quanto a programação, mesmo nível de senioridade? Mesmo tempo de empresa? E pagando menos, até hoje nunca vi

  2. Muito boom

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