Descubra ao longo de nosso conteúdo as diferentes gerações que estão atuando em nosso mercado de trabalho nacional e também como lidar com os possiveis conflitos gerado por diferentes ideias. Vamos conferir?!
As diversas gerações no mercado
Manter profissionais de 3 gerações distintas vivendo juntos pode ser uma boa ideia e funciona muito bem nos filmes e nos livros — mas no ambiente organizacional nem sempre é assim.
Quando as diferenças são maiores do que as semelhanças, alguns atritos são inevitáveis, e isso pode ameaçar a harmonia das equipes de trabalho e afetar seriamente a produtividade. É o chamado “conflito de gerações”, uma realidade cada vez mais comum nas empresas.
A origem da questão está nos valores, hábitos e costumes de cada um, ou seja, em tudo que constitui a cultura e o modo de ser. Cada pessoa carrega uma série de características que dão forma e substância à sua identidade. Isso é resultado da maneira como foram criadas, de como elas enxergam o mundo — e o mais importante, como pensam que se deve atuar nele.
No momento em que diferentes visões entram em choque, os problemas se estabelecem. Os mais velhos são acusados de falta de flexibilidade e resistência à mudança, enquanto os mais jovens carecem de foco e parecem dar pouco valor ao legado construído por aqueles que vieram antes.
Não há exatamente um consenso sobre a classificação das várias gerações que hoje ocupam posições diversas na maioria das organizações. Ainda assim, é possível estabelecer alguns critérios que ajudam a identificar os representantes de cada uma delas.
Em uma visão panorâmica:
- Os baby boomers e a geração X sentem que tiveram que carregar o mundo nas costas, e por isso valorizam o trabalho duro e a dedicação.
- A geração Y, por sua vez, precisou se adaptar para encontrar um lugar ao sol em meio às transformações que presenciou.
- E, finalmente, a geração Z acredita que o mundo lhe pertence e está pronta para moldá-lo à sua imagem e semelhança.
Saiba um pouco mais sobre elas a seguir:
1. Os baby boomers
Mulheres e homens nascidos após o fim da II Guerra Mundial, os chamados baby boomers, cresceram em um contexto no qual a estabilidade era a chave. A sua educação rígida e os valores solidamente estabelecidos fazem deles líderes capazes e obstinados, mas podem sentir dificuldade em lidar com mudanças.
2. A geração X
Surgida em meados da década de 1960, essa geração viu o computador e outros eletrônicos chegarem às casas e escritórios, além de testemunhar o fim da ditadura no Brasil e as convulsões provocadas pelos diversos movimentos sociais que tomaram conta do planeta. Embora entendam que a tecnologia é a sua aliada, eles se sentem ameaçados pela postura desafiadora e competitiva dos que vieram depois deles.
3. A geração Y
Também conhecida como “geração da internet”, essas pessoas nascidas a partir da década de 1980 veem a inovação como algo natural e intrínseco ao ambiente que as cerca. São extremamente adaptáveis, conseguem se dedicar a várias tarefas simultaneamente e adoram experiências novas (na verdade, precisam delas para se sentirem motivados).
4. A geração Z
Mundo off-line? Para essa geração, tal coisa é inconcebível. Sua origem está nas décadas de 1990 e nos anos 2000, o que significa que estão começando a chegar ao mercado de trabalho. Individualistas e, às vezes, antissociais, esses jovens adotaram a velocidade como filosofia de vida, e as redes sociais como expressão maior de sua natureza fluida.
O conflito de gerações
Com tantas especificidades, será que é possível construir uma rotina de trabalho que garanta a colaboração e a convivência harmoniosa?
O 1º passo é entender que as gerações anteriores precisam estar dispostas ao diálogo. Cabe a elas, amparadas por toda a sua experiência, mostrar aos outros que podem, sim, abraçar as diferenças e transformações culturais em nome do bem maior. Isso se chama liderança.
Ao mesmo tempo, as gerações mais novas devem aprender a controlar a ansiedade e investir em sua capacidade de comunicação, aprendendo a se colocar no lugar do outro.
De todo modo, o conflito de gerações não é algo essencialmente prejudicial. Em uma organização em que todos pensam do mesmo jeito pode haver tantos problemas quanto em lugares onde ninguém se entende. Portanto, uma dose de diversidade é saudável e deve até mesmo ser estimulada.
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Dicas para minimizar os conflitos entre gerações no mercado de trabalho
De acordo com Beia Carvalho, palestrante e presidente da consultoria Five Years From Now®, um choque de desencontros acontece quando a geração de apolíticos, tecnológicos, globalizados, digitais e não lineares entra no mercado de trabalho e encontra chefes que fizeram grandes transformações sociais, políticas e que criaram raízes nas empresas adotando uma hierarquia rígida, analógica e totalmente linear.
Com idade entre 15 e 33 anos, representando 47% dos profissionais do mercado de trabalho, a Geração Y possui autoestima elevada, concebe o mundo em redes e produz no formato multitarefa.
De outro lado, as empresas enfrentam um grande enigma: entender essa geração e fazer a gestão correta para que cumpram as estratégias e metas corporativas. Como motivá-los?
Em meio às comemorações do 5º aniversário de sua consultoria, Beia Carvalho compartilha 5 dicas para empresas que desejam minimizar conflitos entre os colegas de diferentes gerações:
1. Engajamento
Se no século 20 o verbo era ‘obedecer’, no século 21 temos o ‘engajar’. Como mandar é muito mais simples que envolver, muitas empresas entram em conflito com a Geração Y, que compartilha tudo, inclusive a liderança.
Assim, descobrir conteúdos corporativos capazes de engajador esses jovens é fundamental: uma questão que pode abreviar a vida de muitas empresas.
2. Inovação
Não basta clamar por profissionais inovadores se os métodos para alcançar resultados são ultrapassados e imutáveis dentro da empresa.
É preciso livrar-se da aura de preconceito criada em torno da geração Y e juntar forças para aprender, captar e assimilar a aura de inovação que essa geração traz consigo.
3. Colaboração
A geração Y culpa as gerações anteriores pela destruição do mundo e da irresponsabilidade diante das gerações futuras. Esse fato fornece indícios para o desejo demonstrado pelos Y de trabalhar em empresas que façam a diferença no mundo.
Sustentabilidade, portanto, é um dos possíveis conteúdos com poder de engajar essa geração. Em uma sociedade que vive em modo beta, onde as coisas estão em constante fase de testes, construção e experimento, a colaboração não é opcional: é intrínseca e valiosa para o sucesso dos negócios.
4. Mentoring
É começar a se questionar: ‘por que fazê-lo e quais opções existem e fazem sentido para a organização’. Quais as melhores práticas para treinar, ensinar, apoiar e guiar esses jovens rumo ao amadurecimento emocional e, numa inédita combinação com suas habilidades geracionais, alcançar os objetivos da empresa. É estabelecer uma relação de diálogo, aprendizado e desafios.
5. Experimentalismo
Para as empresas que não apreenderam o conceito modo-beta, é imperativo que o façam. Para as que já incorporaram essa noção de aperfeiçoamento em contraposição ao conceito industrial de perfeição, é hora de começar a introduzir, mesmo que em uma área teste, a noção de que daqui em diante viveremos num mundo em modo beta: tudo sempre poderá ficar melhor e melhor, porque conta com a colaboração e o compartilhamento de ideias e aperfeiçoamento, mas nada nunca mais ficará perfeito.
E a provocação final é: se as empresas ainda estão presas em seus preconceitos em relação à geração Y, imagine o furor que a geração Z fará no mercado daqui bem menos de 5 anos? Saiba mais em http://www.slideshare.net/beia/5-geraes-no-mercado-de-trabalho