Aprenda ao longo de nosso conteúdo o que é o Borderline, como ele se manifesta e também como lidar com o distúrbi de personalidade no trabalho. Vamos conferir o que diz o especialista?!
O que é Borderline?
Muitas pessoas passam a vida sem perceber que alguns comportamentos negativos extremos podem ser consequência de transtornos de personalidade.
Existem inúmeras síndromes e, em geral, algumas são fáceis de perceber e diagnosticar. Porém, o transtorno borderline ainda não é de fácil percepção por ser confundido com outras síndromes.
Considerando a expressão “bordeline”, a síndrome é o que margeia, que está na fronteira, é a chamada personalidade dos limites, do transbordamento das emoções. Trata-se, sobretudo, e principalmente, de um transtorno de personalidade.
Segundo o psicólogo, Silvio José Coutinho, o bordeline é caracterizado por basicamente quatro aspectos principais, sendo eles:
- Disfuncionalidade: grande dificuldade nas relações interpessoais;
- Instabilidade reativa: incontinência de humor (humor instável / reação desproporcional frente a qualquer estímulo, por mais banal que possa parecer);
- Impulsividade intensa e descontrolada;
- Autopercepção distorcida: negativa e de baixíssima autoestima.
O que mais preocupa é a demora que os borders e as pessoas de frequente convivência levam para perceber o distúrbio.
“O diagnóstico é comprovadamente dificultado, entre outras razões, pela demora na procura do tratamento e pela proximidade das características com outros transtornos (a bipolaridade, por exemplo). Segundo informações mais recentes, no Brasil o tempo médio para um diagnóstico preciso tem sido em torno de 10 anos”, explica Silvio.
O tratamento da síndrome está diretamente ligado a um processo terapêutico específico, que possa focar na reconstrução dessa personalidade, dar a ela novos rumos, limites e perspectivas de uma vida mais comprometida.
“O uso da medicação com antidepressivos e antipsicóticos específicos e em baixa dosagem também é fator importante a ser considerado nos casos em que há a premente necessidade de frear e amenizar a impulsividade da agressão e /ou autoagressão, típica do quadro”, enfatiza Coutinho.
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Após o diagnóstico, como proceder no ambiente de trabalho?
De acordo com Silvio, todo indivíduo que passa por um comprometimento em suas funções normais, sejam elas físicas, orgânicas, psíquicas, e em qualquer grau, compromete igualmente o seu desempenho e suas relações, sejam elas sociais, familiares ou profissionais.
“Portanto o mundo corporativo , bem como uma carreira profissional, não estão isentos ou imunes a esses infortúnios que, sim, interferem, mas são parte da realidade do mundo moderno, do homem moderno e não devem ser ignorados ou estigmatizados., Mas tão difícil quanto a precisão diagnóstica será sempre a de se encontrar o equilíbrio entre as partes envolvidas na gestão do problema, o que demanda empenho, tempo e interesses”, conclui o psicólogo.