Pesquisa sobre os obstáculos da inclusão de PcDs no mercado de trabalho

obstaculos da inclusão

Segundo uma pesquisa levantada pela Catho e em conjunto com a Santo Caos, os obstaculos da inclusão de pessoas com deficiências ainda estão presentes no mercado de trabalho brasileiro.

Conheça então quais são as principais barreira que PcDs enfrentam ao desejarem ingreçar no mundo corporativo. Vamos conferir?!

Pesquisa conta sobre os obstaculos da inclusão no Brasil

De acordo com levantamentos da Catho e da Santo Caos – consultoria de engajamento por meio da diversidade -, problemas de infraestrutura urbana, carência de transporte adequado, preconceito, despreparo de gestores e falso compromisso com a Inclusão são os principais empecilhos encontrados por quem tem deficiência e almeja crescer no mercado de trabalho.

Os levantamentos apontam razões que impactam negativamente a carreira dos profissionais com deficiência. E por isso que adentrar no mercado de trabalho e/ou desenvolver uma carreira consolidada é ainda mais desafiador para as pessoas que possuem algum tipo de deficiência.

No entanto, as razões que dificultam a prosperidade profissional delas estão longe de serem as limitações relacionadas à deficiência em si.

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Principais obstaculos da inclusão

Conhça agora o que essa pesquisa revelous como pricipais obstaculos da inclusão:

1. Infraestrutura das ruas

Calçadas esburacadas, falta de rampas, transporte ineficiente. Essas e outras dificuldades são incômodas na mobilidade urbana de diversas pessoas todos os dias.

Cerca de 44% dos profissionais com deficiência já deixaram de ir a uma entrevista de emprego por conta dessa falta de estrutura e dificuldades de deslocamento.

Entretanto, para um público específico, como é o caso das pessoas com deficiência, esses obstáculos se tornaram fatores impeditivos para se locomoverem na cidade e, sobretudo, conseguirem trabalhar. 

Dentre os principais obstáculos citados, estão: calçadas inapropriadas, ou seja, com buracos e degraus (63%); falta de infraestrutura acessível, como rampas e faróis inteligentes (26%) e transporte ineficiente ou não adaptado (22%).

Para Tábitha Laurino, gestora de RH, existem alguns fatores que podem auxiliar profissionais com deficiência e empresas a encontrarem soluções para enfrentarem essas barreiras diárias que impedem a inclusão no mercado de trabalho.

“Mesmo com os avanços até aqui, melhorias ainda se fazem necessárias. É fundamental quebrar paradigmas, buscar informações, conhecer a fundo a especificidade de cada um”, afirma a gestora.

2. Cargos e salários baixos

A pesquisa da Santo Caos – em parceria com a Catho, apresenta em números que, apesar da crescente presença dos profissionais com deficiência no ambiente de trabalho, a inserção não ocorre em todos os cargos e níveis hierárquicos: menos de 10% dos postos de liderança são ocupados por profissionais com deficiência. 

O levantamento ouviu mais de 1.000 pessoas, dentre elas, gestores e profissionais com deficiência, e indicou ainda as funções em que esses profissionais mais são encontrados, tais como os cargos de:

  • assistente (57%),
  • analista (17%),
  • Técnica (12%),
  • Coordenadora (5%),
  • gerente (4%),
  • aprendiz (3%),
  • estagiário (2%),
  • Diretora (0,4%),
  • vice-presidente e/ou presidente (0,2%). 

Para o sócio Diretora da Santo Caos, Guilherme Françolin, ainda há uma grande barreira para ser quebrada na maneira que as empresas enxergam o desenvolvimento de pessoas e a promoção de pessoas com deficiência.

“Capacidade de liderança estão ligadas a competências comportamentais e técnicas. Entretanto sabemos que ter deficiência não impede uma pessoa de ter a capacidade de liderar. Dar oportunidade, representatividade e visibilidade são fundamentais para tirarmos os profissionais dos cargos de entrada. Afinal, a busca das organizações atualmente é por líderes com maior empatia, capacidade de mudança e adaptação. Acreditamos que uma gestão inclusiva e diversa são fundamentais para engajar a equipe a lidar com cenários turbulentos e trazer resultados”, afirma.

Para Tábitha, os dados refletem uma rasa inclusão, onde a contratação, muita das vezes, se dá apenas para o cumprimento da Lei de Cotas. Neste cenário, encontram-se profissionais que, quando contratados, possuem baixas perspectivas profissionais e pessoais, somado também à desmotivação.

“Os dados evidenciam que as empresas possuem um espaço para crescer. Existem diversas práticas que podem ser aplicadas no ambiente corporativo, tais como a aplicação de grupos de discussão, onde esse profissional pode ser ouvido de forma efetiva; encontros com experiências sensoriais, onde toda a equipe de trabalho pode vivenciar minimamente sobre como é a vida de uma pessoa com deficiência, reuniões de feedbacks entre os times; dentre outros”, comentou.

3. Sentimento de exclusão

No mercado de trabalho, o pertencimento é observado na forma como os profissionais se relacionam com a empresa, ou seja, quão aceito e útil eles se sentem em relação às suas funções.

O levantamwento mostrou que 34% dos profissionais com deficiência se sentem isolados no ambiente de trabalho, percepção que reforça a lacuna de investimento das empresas a respeito do tema. Outros pilares também foram observados, tais como ausência de: compartilhamento (37%), compromisso (17%) e orgulho (11%).

Para Guilherme Françolin, a grande dificuldade das empresas é acreditar que recrutar é o principal desafio e que depois de encontrar o profissional com deficiência ele vai permanecer estacionado no quadro de funcionários.

“Recrutar é o primeiro passo, mas se a empresa deseja um profissional envolvido, ela precisa dar voz, reconhecer e integrar este público na organização. Ter diversidade não é suficiente, é necessário engajar e incluir. Não existe uma empresa que pode se dar ao luxo de desperdiçar talentos, enxergar isso no profissional independente de quem ele seja trará diversos benefícios para o negócio”.

Já para Tábitha Laurino, no mercado de trabalho, essas especificidades são observadas por meio da cultura da empresa, que mede as relações profissionais com o crescimento dos resultados.

Logo, se um profissional com deficiência se sente inferior no ambiente de trabalho em detrimento ao resto da equipe, é papel dos líderes e gestores injetarem a inclusão de forma mais efetiva entre os times.

“Citamos o pertencimento como pilar primordial nessa pesquisa, pois este é o ponto que mais dói no dia a dia das pessoas com deficiência, seja na área pessoal ou profissional. Paralelamente à esse déficit, temos o impacto desse baixo engajamento também em outros pilares. Um profissional que não se sente parte de equipe não se orgulha do seu local de trabalho, não veste a camisa e não a compartilha. Essa deve ser sim uma preocupação das empresas para irem além das cotas”.

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