O mundo está evoluindo a passos largos. E não penas o RH, mas qualquer área precisa estar atenta e acompanhar as transformações, já que para a sobrevivência de um departamento, ele precisa ser cada vez mais útil e se reinventar frequentemente. Inovação e tecnologia são as palavras-chaves dessa era.
Já temos percebido mudanças profundas nos recursos humanos. Hoje, em vez de serem as pessoas dentro da organização que aplicam as regras, os gestores de RH são considerados mentores e líderes com pensamentos influenciáveis.
É de grande importância seus feedbacks de como melhorar a experiência dos funcionários, além de oferecer insights sobre com elevar o nível de sua carreira e realizar a manutenção de status quo.
Com todas essas mudanças, o RH precisa saber exatamente qual posto ocupar e quais atividades devem ficar em suas mãos.
A pesquisa “Novo Mundo, Novo RH”, realizada pela Dom Strategy Partners com colaboração da ProPay S.A, mostra que para 72% dos executivos da área, o dilema está em não saber ao certo o que e como entregar ou, até mesmo, como se posicionar estrategicamente para um departamento de recursos humanos mais inteligente. Logo as organizações, inicialmente, devem se preocupar em redesenhar as funções e metas de toda as áreas.
Quando falamos de futuro, muitos temem a substituição de mão de obra humana por máquinas altamente qualificada.
De fato, muitas atividades serão automatizadas, não há como escapar, pois a tecnologia já entrega tarefas com alto grau de assertividade, porém, muitas profissões e setores do mercado tendem a ganhar uma nova roupagem. Uma previsão feita pelo Fórum Econômico Mundial, no relatório Futuro do Trabalho, mostra que 65% das crianças que estão começando o primário devem trabalhar em empregos que ainda não existem.
Até o ano de 2020, em 15 economias avaliadas, o número de desemprego pode atingir 7,1 milhões devido a avanços tecnológicos e a fatores socioeconômicos. E engana-se quem pensa que apenas o trabalho braçal está ameaçado. Dois terços estão relacionados a funções administrativas e de escritório – de acordo com esse mesmo estudo.
Como reinventar o profissional e o próprio RH?
É preciso um gerenciamento de curto prazo para conter tamanho impacto. As empresas precisam estar conectadas com esse futuro – que já está batendo em nossas portas. Mas se tratando da área e do profissional de RH, que habilidades e competências serão exigidas daqui para frente?
Não são apenas as áreas ameaçadas que precisam se reinventar, nesse contexto digital que está alterando todo o modo de agir e pensar de uma sociedade corporativa, é necessário a adaptação e a reformulação de vários cargos e atividades.
Habilidades como inovação, o famoso “pensar fora da caixa” e a inteligência social são características difíceis de se automatizar. Quanto mais o profissional dispor de competências que seguem esta linha de percepções sensoriais será maior as chances de não ter o seu cargo substituído por computadores nas próximas décadas.
Outro ponto que será um diferencial para um profissional de RH é a diversidade de pensamento, isso será essencial para produção de algo que seja singular e insubstituível. O conceito de estratégia significa justamente fazer de uma forma diferente do seu concorrente. A criatividade só surge quando confrontamos as nossas ideias com pessoas que pensam diferente, por isso a diversidade é uma arma estratégica.
Além disso, ideias não tão comuns proporcionam novos mindsets, nos permitindo cultivar maturidade emocional e de intelecto e ainda facilitar a resolução e o contorno de qualquer tipo de dificuldade. Fora isso, a execução de projetos considerados complexos passa a ser feita de maneira mais natural e automática, já que sua mente está treinada a lidar com conflitos seja ele de qualquer natureza.
Com essa avalanche de transformações nas relações de trabalho e na maneira que se constrói as profissões, o mercado está sempre em constante mudança.
Não apenas os profissionais de Recursos Humanos precisam de contínuas reciclagens, a área de RH, para ser perpetuada, precisa sempre assumir o papel de protagonista em processos estratégicos. Para isto, é necessário estar sempre atento as mudanças e revoluções que o mercado sofre, seja em questões tecnológicas ou de capital humano.